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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Você nunca conseguirá servir ao mundo tentando satisfazê-lo

Você está perdido e tudo o que faz na sua vida até aqui foi um fracasso total? Tentou inúmeras formas descobrir os seus talentos, e o que tinha que fazer diariamente, sem sucesso? Viveu em um conflito constante entre ganhar dinheiro e ser feliz, achando que não podia ter as duas coisas ao mesmo tempo? Então preste atenção no seguinte: enquanto você tentar satisfazer o mundo, não conseguirá servi-lo. A ideia, que a primeira vista é um paradoxo total, acaba fazendo sentido, já que bastava que estudássemos o mundo para descobrirmos o que precisamos fazer da nossa vida. Porém, como todos os insistidores já devem saber, não é bem assim que a banda toca…

O MUNDO NÃO FAZ IDEIA DE QUEM NÓS SOMOS
Você pode ler sempre os meus artigos, pode trabalhar comigo e até pode conviver comigo na mesma casa. Porém, você nunca saberá quem eu sou. Só quem vive dentro desta casca onde vivo, é que pode se aproximar da descoberta de quem eu realmente sou. No entanto, todos nós sabemos, que mesmo morando dentro desta casca, convivendo 24 horas com minhas peculiaridades, nem eu mesmo sei ao certo quem sou. Ainda restam muitas milhas para percorrer e atingir este conhecimento.
É com este raciocínio, praticado diariamente há uns três ou quatro anos, que tenho a trabalhosa tarefa de me desligar das expectativas. Principalmente de me desligar de satisfazer as expectativas das outras pessoas. Faço isso por três motivos. Toda expectativa gera frustração e nos deixa fora da realidade, fora do momento presente. E também porque nunca conheceremos realmente as expectativas das outras pessoas para poder satisfazê-las. E ainda, mesmo se tomássemos conhecimento dessas expectativas, nosso trabalho individual não é satisfazê-las e sim, servi-las. Paradoxal.
SATISFAÇÃO x SERVIÇO
Enquanto satisfação tem por significado base agradar, serviço tem o sentido de ser útil. Eu posso lhe agradar servindo o almoço para você ou colocando os pratos sobre a mesa, mas só serei mesmo útil, quando fizer aquilo que só eu tenho talento e competência para fazer. Até gosto de cozinhar e poderia lhe servir bem um ou dois dias quando fosse à minha casa, mas quando falamos de utilidade, estamos falando sobre ser útil todos os dias. Cá entre nós, não tenho menor talento ou competência para garçom.
Para facilitar a nossa compreensão, vamos analisar esse paradoxo entre serviço e satisfação, observando como as pessoas utilizam objetos no dia a dia. Podemos colocar um objeto na nossa mesa de escritório que a deixe mais bonita e alegre. Porém, agregaríamos valor a este conceito de beleza e felicidade, se esse objeto fosse, por exemplo, um porta canetas. Belo e útil ao mesmo tempo. Não conseguiríamos colocar este porta canetas em outra função como lixeira ou grampeador. Ele é um porta canetas e sua utilidade é deixar canetas repousarem no seu interior, enquanto o “mundo” realiza outras tarefas com outros objetivos.
SIRVA, SIRVA E SIRVA… VOCÊ!
Tudo o que importa nessa vida, é o nosso exercício individual como personalidade. Você não irá mudar o mundo. Ele talvez mude se você for útil. Entendeu a mensagem?
Na semana passada morreu Steve Jobs, empresário aclamado em todo o mundo porque “mudou o mundo”. Eu não penso assim, definitivamente. Penso que Steve Jobs fez a sua caminhada pessoal avançando cada vez mais profundamente, na pessoa que ele era, descobrindo a cada passo a sua própria utilidade. Ele fez a diferença, porque ocupou a maior parte do tempo que viveu prestando atenção em si e descobrindo onde deveria estar no “tabuleiro” para ser mais útil. Jobs era só mais uma peça no tabuleiro do universo.
Da mesma forma que outros grandes seres que admiro e já se foram fizeram. Jesus, Gandhi, Einstein, Santos Dumont, Ayrton Senna, Thomas Edison, Madre Teresa, entre outros. Todos percorreram a sua caminhada individual em direção à perfeição, encontrando, por conseguinte, que posição deveriam ocupar no tabuleiro. Nós precisamos seguir o exemplo dessas pessoas!
EXISTE ALGO QUE SÓ VOCÊ PODE FAZER
Já estou próximo (bem próximo) do meu serviço. Ainda estou insatisfeito com as idiossincrasias da minha personalidade e com as coisas que ainda tenho que acertar, mas já descobri de forma ainda um pouco míope, o meu trabalho. Tenho que crescer como empresário criando uma empresa para mim, do meu jeito e com os meus valores e transmitir, através da escrita, o que eu for aprendendo. Sejam erros, sejam acertos. Ponto final. Sem expectativas de que receberei o prêmio Nobel de Literatura ou terei trinta milhões de dólares na conta bancária. No entanto, se fizer bem o meu trabalho e for útil, talvez isso aconteça. Porém quando ocorrer, isso não representará uma diferença na minha vida. O bônus será obtido pelo crescimento do meu caráter ao longo do caminho percorrido. Isto é importante.
Existe algo que só você pode fazer, mas que por ficar atento a atender sempre as expectativas do mundo, você ainda não percebeu o que é. Se você se afastar um pouco da sua vida e olhar você de fora, notará que você recebe um grande número de requisições do mundo sobre o mesmo tema. As pessoas sempre gostaram de conversar comigo, de ouvir minhas ideias malucas sobre negócios e de pedir favores sobre informática para mim. No entanto por muitos anos eu tentei ser outra pessoa, negando meu talento empreendedor para satisfazer as expectativas do mundo. Ganhar dinheiro, essas coisas. Porém, eu só avancei mesmo, quando foquei no que tinha que ser feito só por mim.
Para finalizar, um trecho da entrevista que Steve Jobs deu aos 29 anos para a Revista Playboy em 1985:
“Quando você é um carpinteiro fazendo uma bela cômoda, você não vai usar um pedaço de compensado na parte de trás, mesmo que fique virado para a parede e ninguém nunca veja. Você saberá que ele está lá, então você irá usar um belo pedaço de madeira na parte de trás. Para você dormir bem à noite, a estética, a qualidade, tudo tem que ser mantido o tempo todo.”
Para dormir bem à noite, você precisa servir ao mundo e não satisfazê-lo.

Fonte: Insistimento

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