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sexta-feira, 26 de julho de 2013

5 brilhantes invenções feitas por engano

Sem alguns cientistas desleixados, nós não teríamos a penicilina, o marca-passo, o adoçante. Acha que a necessidade é a mãe da invenção? Nem sempre.

Muitas invenções que usamos no nosso dia-a-dia são resultado de um erro ou fracasso.
Muitas invenções que usamos no nosso dia-a-dia são resultado de um erro ou fracasso.
Há uma linha muito tênue entre uma brilhante inovação e um fracasso total, como muitos inventores famosos descobriram.
Alguns dos produtos mais populares que usamos atualmente foram criados por acidente, quando os inventores buscavam (ou não) outro resultado. Então, podemos nos confortar com o fato de que nem sempre o erro é algo negativo. Nestes casos, o erro mudou a história das indústrias e até da saúde. Portanto, esquecer de lavar as mãos de vez em quando pode ter uma vantagem.

1. Penicilina


Se a mãe de Alexander Fleming estivesse por perto para limpar sua bagunça, todos nós seríamos um pouco mais doentes hoje em dia.
Como qualquer intelectual em férias, Fleming deixou o laboratório no qual trabalhava muito sujo e bagunçado. Ele já havia descoberto a lisozima por acidente, quando espirrou sobre uma placa de cultura onde cresciam colônias bacterianas. Seu muco participou da destruição das bactérias naquele espaço.
Devido à sujeira do laboratório, Fleming encontrou algumas placas antigas e encardidas nas quais fungos haviam crescido espontaneamente. Uma das placas (chamadas “placas de Petri”) continha Staphylococcus aureus, e o cientista observou que as bactérias em volta deste fungo haviam morrido por uma lise que as deixavam transparentes. Assim, ele chegou à penicilina. Por conta da própria “porquice”. 

2. Post-it

Spencer Silver tentava desenvolver o adesivo mais forte do mundo, em 1968. Ao invés disso, conseguiu praticamente o oposto: um adesivo que gruda e desgruda facilmente de qualquer superfície, sem deixar vestígios. Um colega de quarto de Silver fez uma brincadeira usando seu novo adesivo para pregar folhas de caderno pelo quarto e voilá: estava criado o primeiro bloco de notas feito com post-it.

3. Plástico

Você consegue imaginar ter de carregar água em garrafas feitas de barro ou usando utensílios fabricados com cascas de ovos e sangue animal? Existem duas versões para a criação do plástico. Em ambas, a invenção se deu por acidente.
A primeira foi no laboratório de Charles Goodyear, que combinou borracha com enxofre acidentalmente, deixando por um período de tempo. Quando voltou, encontrou um tipo diferente de material durável criado através de um processo que chamou de vulcanização.
A segunda versão diz que John Wesley Hyatt quis participar de um concurso que premiava com 10 mil dólares aquele que apresentasse uma substituta para o marfim na produção de bolas de bilhar. Ele conseguiu inventar algo forte e flexível, mas não ganhou o concurso.

4. Sacarina

O familiar adoçante em pacotinhos de papel foi descoberto porque o químico Constantin Fahlberg não respeitou uma regra mínima que qualquer estudante conhece: sempre lave as mãos.
Esta é a cena: 1879, e Fahlberg está sentado no laboratório, brincando com alcatrão de carvão para ver se encontra alguma nova utilidade. O trabalho lhe interessa tanto que ele esquece de lavar as mãos e vai a um jantar que tinha marcado para aquela noite. Ao partir um pedaço de pão e levá-lo à boca, ele percebe um sabor adocicado. Ele lambe o bigode e também o sente doce. O mesmo com o dedo. Fahlberg volta ao laboratório e percebe que criou sacarina sem querer. Para a alegria de quem não pode comer açúcar, é uma sorte que ele não tenha se envenenado.

5. Marca-passos

Wilson Greatbatch cometeu o clássico erro dos idiotas: esqueceu algumas peças do lado de fora do equipamento que estava montando, e colocou outras em lugares errados. Isso aconteceu em 1956, quando ele estava trabalhando na construção de um gravador de ritmo cardíaco para a Universidade de Buffalo. Ao terminar de montar o equipamento, Greatbatch instalou um transistor ao contrário, de maneira acidental, e o plugou ao circuito. Quando instalou o equipamento, ele percebeu o som de um coração humano. A batida o fez lembrar de conversas que teve com outros cientistas, sobre a possibilidade de criar algo que pudesse simular as batidas de um coração. Hoje, mais de meio milhão de pessoas implantam marca-passos todos os anos. Nada mal para um erro clássico.
Adaptado de texto de Tim Donnelly, originalmente publicado na Inc.com.

Jornal do Empreendedor

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